Duma feita, estava uma Moura a lavar uma grade de ouro na presa de S. Domingos, na freguesia da Carvalhosa, de Paços de Ferreira.
O dono da presa foi pela sesta soltá-la, para regar um campo de milho a que tinha acabado de dar a segunda sacha.
A Moura, ao vê-lo, parou de trupar com a grade na auga, e pidiu-lhe que a não abrisse para a poder lavar a preceito.
Ao lavrador ainda lhe deu continuas de a satisfazer, porque a Moura até riquezas lhe ofereceu, mas ele não podia deixar para oitro dia, por que os milhos estavam entalados.
A primeira sacha tinha sido mal feita; a segunda muito trabalhosa, e era preciso que o lavrador se chegasse a elles, porque lá diz o ditado:
‘Quem mal decrua, ao arrendar a sua’.
Então a Moura, para se vingar, rogou-lhe esta praga: - «Nunca mais guiarás a auga, nem te chegará ao campo».
E o caso é que ela teve revaleste.
Era que farte, e depois começou a chupar-se, a sumir-se pelo monte, pouco a pouco e nunca mais ninguém lá chegou.
E, antigamente, até regava uma agra que ficava muito longe, no lugar de Peias.
O dono da presa foi pela sesta soltá-la, para regar um campo de milho a que tinha acabado de dar a segunda sacha.
A Moura, ao vê-lo, parou de trupar com a grade na auga, e pidiu-lhe que a não abrisse para a poder lavar a preceito.
Ao lavrador ainda lhe deu continuas de a satisfazer, porque a Moura até riquezas lhe ofereceu, mas ele não podia deixar para oitro dia, por que os milhos estavam entalados.
A primeira sacha tinha sido mal feita; a segunda muito trabalhosa, e era preciso que o lavrador se chegasse a elles, porque lá diz o ditado:
‘Quem mal decrua, ao arrendar a sua’.
Então a Moura, para se vingar, rogou-lhe esta praga: - «Nunca mais guiarás a auga, nem te chegará ao campo».
E o caso é que ela teve revaleste.
Era que farte, e depois começou a chupar-se, a sumir-se pelo monte, pouco a pouco e nunca mais ninguém lá chegou.
E, antigamente, até regava uma agra que ficava muito longe, no lugar de Peias.
Transcrito de: Brandão, Abílio, 1911. Lendas de Mouras Encantadas in Revista Lusitana, volume 14, Livraria Clássica Editora, Lisboa.
0 comentários:
Enviar um comentário